Os meus dois Pais

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27 julho 2004

Férias

Não há nada melhor do que quando chega a data de ir de férias...



Vou passar uns diazinhos na minha terrinha e depois logo se vê. Aventura, aqui vou eu!!!

Até Setembro. E boas férias a todos...

06 julho 2004

Animais

Adoro animais, principalmente cães.

Quem me conhece sabe perfeitamente que isso é verdade e que tenho mais afecto e carinho pelos bichos de quatro patas do que por muitas pessoas.
Esta frase vem a propósito de uma nichada de cinco pequenos cães, que alguém teve a amabilidade de deixar ao Deus-dará, a semana passada, ali para os lados da Praia da Granja (Vila Nova de Gaia). Já os tinha visto, a brincarem todos juntos, mesmo junto à estrada, mas esta noite não hesitei. Parei o carro, saí e fui brincar com eles.

Peguei em três deles ao colo; eram dois machos e uma fêmea. Os outros dois fugiram; são mais recatados e não devem gostar de brincadeiras. Estão pesados, sinal de que há por ali alguma alma caridosa que os tem alimentado. Junto à vedação onde se encontra um pequeno caixote de cartão, está um pequeno tacho com água.

E ali fiquei, quase meia hora a brincar com aquelas pequenas criaturas, que não devem ter mais do que dois meses. Vão ser grandes. A mãe, provavelmente, de raça Labrador deve sentir a sua falta. O pai deles deve ser de outra raça; por isso os seus donos os terem abandonado.
Vim embora desolado e revoltado comigo mesmo. Desolado, porque tive que os deixar lá; Revoltado por me questionar como é que alguém pode ter um coração e ter abandonado estes pequenos animais... É que, no meio disto tudo, também me pergunto: afinal, quem é aqui o verdadeiro animal?

O meu maior desejo era pegar naquela nichada e traze-la comigo para casa. Mas não pude porque os meus sete grandes amigos não iriam gostar. É verdade; tenho sete cães: o Óscar, a Zuca, a Cruela, a Diana, o Gaspar e a Pantera. A Luísa foi a mais recente. É uma dálmata e tem somente três meses. O Óscar é rei e senhor; é o meu mais que tudo. Casou com a Diana e teve a Cruela por filha, que eu adoptei. São os três Caniches. A Zuca impõe respeito devido ao seu tamanho: é uma S. Bernardo. O Gaspar é um Huskye e a Pantera é uma rafeira, que foi salva de morrer queimada num incêndio. Tenho fotografias de todos eles no meu Fotolog. Basta clicar e ver.

Por isso, aqui fica o meu apelo. Sei que é mais um, no meio de tantos que circulam por aí, mas se alguém estiver interessado em adoptar um destes animais, ou se souber de alguém que esteja interessado, basta entrar em contacto comigo.

30 junho 2004

É Mentira...

É mentira, sim senhor. Portugal não está em crise. Bastou-me sair de casa, esta noite, para constatar esta realidade. Depois da vitória de Portugal sobre a Holanda, o povo, qual desgraça eminente, saiu à rua, esbaforido, para gritar pela, e em nome da vitória portuguesa. De repente, de besta, Scolari passou a ser bestial e já anunciou a continuação do seu casamento com a selecção das quinas. Pelo menos até ao mundial.

O País está em crise (estará mesmo???), Durão Barroso ganhou um bilhete de avião e pôs-se a andar daqui para fora; deste País que ele tanto ama!!! O desemprego continua a aumentar; os pobres coitados deste País são cada vez mais em maior número. Conclusão: O Povo sai à rua para festejar a passagem às finais do Campeonato Europeu de Futebol.

Caí no erro de me esquecer de comprar tabaco e tive que sair de casa, logo depois do jogo, para o inferno que povoava nas ruas. Um grupo de mulheres (elas é que fazem barulho), munidas de baldes, tachos e panelas, desciam rua abaixo aos gritos e de bandeira em punho; aquelas bandeiras, compradas numa loja dos chineses e que têm sete chupetas, em vez dos sete castelos que representam as cidades fortificadas que D. Afonso III tomou aos mouros, em tempos que já lá vão.

Foto: moblog publico

E, já que estava na rua, aproveitei para ir dar um passeio até à praia. De passagem por umas bombas de gasolina, os carros enfeitados a rigor e com os quatro piscas ligados, estavam a ser abastecidos de gasolina. Destino: aquela gente toda, a falar e a gritar, estavam a pensar rumar, em caravana, para a Avenida dos Aliados. E o pior, é que eles sabiam que, com os carros, não conseguiriam lá chegar. Mesmo assim, eles lá iam...

Fugi dali e refugiei-me em casa. Na televisão, o País inteiro só grita "campeões, campeões, campeões" e o jornalista de serviço, a ser "esmagado" pela população, pergunta a uma idosa, ali perto de Alcochete: "então, gostou de ver passar o autocarro com os seus ídolos?". Dizem eles que estas, são imagens inesquecíveis e que este dia ficará na história do nosso País.
Dili amanhece em festa, vestida com as cores de Portugal; o povo saiu à rua com as suas motoretas, a gritar "vitória". Angola e Cabo Verde não lhe ficam atrás. Na França, na Suíça ou em Espanha, o cenário é idêntico. Onde há um português, há seguramente festa.

Acho bem. Sinceramente, acho bem. Todos conhecem a minha opinião sobre o futebol. Não percebo nada daquilo; não distingo um fora de jogo de uma falta; Mas não consegui tirar os olhos da televisão quando a equipa das quinas jogou com a Inglaterra, com a Espanha e com a Holanda. Agora, ir para a rua, gritar que nem um maluco "Portugal olé", isso já me ultrapassa. Não me tentem explicar ou justificar porque não quero saber e não me convencem do contrário.

Amanhã, as primeiras páginas dos jornais não falarão de outra coisa; as televisões vão-se cansar de mostrar os golos portugueses desta noite. E depois disso? A pobreza continua a existir; as nossas misérias continuarão a ser iguais; a nossa crise aí está à nossa espera. Mas o que é que isso interessa? O que interessa é que o povo saiu à rua (qual 25 de Abril), gritou, embebedou-se, foi para casa e caiu pró lado.

P.S.: Num directo da RTP, a jornalista, já com a voz rouca, entrevista um fulano português que colocou na sua t-shirt a seguinte frase: "A laranja holandesa tem bicho português". Sem comentários...

29 junho 2004

Caça às Multas

Começo esta nova etapa deste meu blog, para falar na caça às multas que os agentes da PSP têm vindo a desenvolver. O caso não é novo e já mereceu honras de reportagem num jornal diário português.

A história resume-se ao seguinte: quem, na cidade do Porto, se fizer deslocar ao Centro Comercial Via Catarina, de carro, tem que ter algum cuidado, não vá cair na ratoeira. Isto porque, quem entrar no parque de estacionamento, ali na rua Fernandes Tomás, terá que abrir bem os olhos, no momento de sair do dito parque. Aconteceu hoje; não comigo, porque faço por cumprir o Código da Estrada, mas com um familiar meu.

Estacionamos no 9º andar e, ao sairmos, depois de descermos aquelas curvas todas e, uma vez inserido o referido cartão, continuamos a descer aquela "manga" que dá acesso à rua. Os mais incautos, e acredito que são muitos, esquecem-se de colocar o cinto de segurança. No momento em que as rodas da frente dos carros tocam no alcatrão da rua Fernandes Tomás, eis que um agente da PSP, estrategicamente colocado à porta do centro comercial, levanta a mãozinha e manda encostar o condutor. E segue-se a ladaínha do costume: "atão o sr. condutor não sabe que o uso do cinto de segurança é obrigatório, assim que coloca a viatura em andamento?".

À laia da segurança e do Euro 2004, lá vão caíndo uns euros a mais nos cofres do Estado!!!

O que está errado, é estarem, permanentemente, três agentes da PSP à porta do Via Catarina, à espera dos condutores desleixados que saem do parque de estacionamento. Quem quiser perder meia hora do seu precioso tempo a contemplar tamanho zelo em nome da segurança de todos nós, vai constatar que o contacto que é estabelecimedo entre os agentes da autoridade e os condutores mais incautos, é efectuado alternadamente: ora agora vou eu; ora agora vais tu e depois vai ele; e de novo: ora agora vou eu; ora agora vais tu e depois vai ele...

21 junho 2004

Cansaço

Estou cansado deste e com este meu blog.
Acho que chegou a altura de o mudar. Mudar o template; mudar o seu sentido;
Começo hoje as primeiras alterações...

05 abril 2004

Diário de um jornalista

Eis um blog que retrata o dia-a-dia da redacção do jornal onde trabalho. Até agora, aderiram cinco jornalistas, eu incluí­do. São bem interessantes alguns dos posts...

Clicar aqui para aceder ao “nosso” diário.

15 março 2004

Intercâmbio

Foi enviada hoje uma mensagem para o grupo Jornalistas Brasil-Portugal, criado recentemente, no sentido de se efectuar um intercâmbio entre jornalistas portugueses e brasileiros.

A proposta passa por, um jornalista português trabalhar num jornal brasileiro, durante um ou dois meses e, em contrapartida, um jornalista brasileiro vir trabalhar para um jornal português.

Alan Caldas, editor dos jornais em questâo (Jornal Dois Irmâos e Jornal Estância Velha) adianta que existem condições de acomodar lá um jornalista, inclusive com moradia, por um mês ou dois e, em contrapartida, fazer o mesmo aqui. De preferência, Alan Caldas prefere que seja um jornal "não muito grande", pois estes jornais brasileiros, embora diários, são de cidades pequenas.

Quem estiver interessado, é favor entrar em contacto comigo para este endereço de e-mail

25 fevereiro 2004

Parceria

O site brasileiro "O Jornalista" e o blog português Fim do Jornalismo? firmaram uma parceria que irá propiciar, entre outras coisas, o intercâmbio entre os jornalistas dos dois paí­ses de lí­ngua portuguesa.

Para além disso, foi oficialmente lançado o grupo de discussão virtual Jornalistas Brasil - Portugal que pretende aproximar os jornalistas dos dois paí­ses, para um intercâmbio sobre as questões que envolvem a nossa profissão e o seu exercí­cio. Outras novidades se seguirão a curto prazo.

Para fazer parte deste grupo, basta enviar uma mensagem em branco para o seguinte e-mail: jornalistasBrasil-Portugal-subscribe@yahoogrupos.com.br

De referir que o site "O Jornalista", voltado para os jornalistas, professores e estudantes de jornalismo, foi criado pelo jornalista brasileiro Vitor Ribeiro, com o objetivo de defender o ponto de vista dos que trabalham e lutam pela profissão de jornalista. O projeto contempla matérias, entrevistas, ilustrações animadas, links, notí­cias, espaço de fotojornalismo, legislação referente à profissão e pesquisas sobre os principais temas referentes à  prá¡tica do Jornalismo no Brasil, além de ter a relação completa de todos os sindicatos de jornalistas do Paí­s e a í­ntegra do anteprojeto de lei pela criação do Conselho Federal de Jornalismo.

Quanto ao blog Fim do Jornalismo, do qual também sou responsável, debatem-se questões como para que servem, afinal, os jornalistas? Será que estamos no princí­pio do fim desse fenómeno chamado Jornalismo? Será que a Internet e as novas tecnologias vão colocar um ponto final no jornalismo? Ou, pelo contrário, irá ser uma grande aliada...

As bases estão lançadas. Aguarda-se a participação de todos.

15 fevereiro 2004

A nossa vida

Na próxima edição de 16 de Fevereiro do jornal 4 Esquinas, vai ser publicado este meu artigo de opinião:

A nossa vida


A nossa vida tem destas coisas. Hoje somos tudo; amanhã não somos nada. Vem a propósito este meu pensamento por causa dos recentes acontecimentos que envolveram o jogador do Benfica, Fehér. Por mais que façamos, por mais que queiramos, nós não somos nada nesta vida e somos, tão somente, aquilo que o Criador quer que sejamos. Não adianta barafustar, não vale a pena fazer grandes projectos para a nossa vida porque, mais cedo ou mais tarde, vai tudo por água abaixo e tudo o que cá fica, deixa de ter importância, deixa de ter significado.

E há depois a exploração de tudo o que foi nosso e que passa a ser daqueles que nunca nos ligaram nenhuma; ou passa a ser de todos, porque todos se acham no direito de ficar com elas. Aquelas pequenas coisas que para nós significaram muito e que para os outros não passa de um trapo qualquer, à mercê de um qualquer saco do lixo. Enerva-me solenemente pensar que os meus livros, que tanto me custam a coleccionar, um dia, não irão ser apreciados da mesma forma como eu os aprecio. Até que penso que cada um de nós vale por aquilo que faz ou fez e não por aquilo que cá deixou. Adiantará, por isso, prejudicar os outros com a desculpa de que "mais fica para mim"?

Nunca como agora dou por mim a pensar na vida. Acho um pensamento ridículo, mas a verdade é que é essa. Questiono-me se vale a pena o esforço e o sacrifício de fazer alguma coisa; comprar coisas, viver a vida, viajar, conhecer outras culturas, outras pessoas. Enfim, tentar ser feliz.

Considero-me uma pessoa jovem. Ainda não cheguei à casa dos trinta, já acabei o meu curso (sabe Deus o trabalho que me deu), arranjei um emprego relacionado com aquilo que queria fazer e para o qual estudei. E para quê? Para ganhar pouco mais que o ordenado mínimo nacional. Por mais triste que isso seja, é a mais pura verdade. Trabalho a 35 quilómetros de casa; demoro mais de uma hora para chegar à redacção e gasto quase metade do meu ordenado nas minhas despesas. Trabalho ao lado de pessoas que gosto e com as quais simpatizo, da mesma forma que também trabalham lá outras pessoas que não suporto e com as quais sou obrigado a conviver e que só pensam em ganhar cada vez mais dinheiro.

Até que cheguei a uma fase da minha vida em que deixei de ter vida própria. Saio de casa para ir trabalhar, por volta das oito e meia da manhã e, quando regresso, o sol já se pôs à muito. Poucos são os dias da semana em que não chego a casa por volta das nove da noite. Deixei de sair com os amigos, já não vou a um cinema ou a um bar há já alguns meses e, quando chega o fim-de-semana, só me apetece ficar em casa, estendido no sofá, a dormir o dia todo.

E tudo isto para quê? Porque a sociedade a isso nos obriga. Somos meros peões, num mundo que gira à nossa volta e cujas regras nos foram impostas. Alternativas? O mercado de trabalho deste nosso País está embrulhado numa crise, da qual não sairá com tanta facilidade assim. Os nossos governantes prometem, fazem grandes alaridos, confirmam que a retoma vem aí. O que é facto é que esta crise instalou-se em Portugal e parece que está a gostar das acomodações. E cá andamos nós, a reboque de uma Europa desgastada que nada faz.

14 fevereiro 2004

Desabafos...

Desabafos...


Algumas pessoas têm-me perguntado por que é que não tenho actualizado o meu blog.
A verdade, por mais voltas que dê, é que não tenho tido paciência. Para além da falta de paciência, sobra-me a falta de tempo. Pois é, vida de jornalista não é pêra doce e, por mais que se tente, o dia só tem 24 horas.
E é, ao chegar a casa, sempre com o ponteiro do relógio a aproximar-se das 9 da noite, que me dou conta das milhentas coisas que ainda queria fazer mas que já não consigo ou não vou a tempo. Adoraria estar mais tempo com aqueles que gosto; gostaria de ir mais vezes ao cinema ou a um bar tomar um copo (Meu Deus, quando foi a última vez que fui a um bar???); gostaria de passear mais vezes com os meus meninos.
Mas não conigo. Do alto dos meus 28 anos, chego a casa, janto (muitas das vezes sem vontade) e atiro-me para o sofá. Estendo-me ao comprido, com o Óscar deitado sobre mim (quem não sabe quem é o Óscar, faça o favor de o ir ver ao meu Fotolog) e, muitas das vezes, adormeço ao som de um programa qualquer que a nossa TV teima em manter no ar. Já nem me lembro da útima vez que fiz zapping na TV Cabo...
Então, agora, que descobri as maravilhas do eMule, não quero outra coisa e a minha lista de filmes e de músicas, não pára de aumentar.
Reparem bem, é quase 1:30 da manhã e tenho que me levantar às 9:30 para ir entrevistar um palermóide qualquer na cidade da Maia. Ainda por cima, não era a minha vez de trabalhar no fim de semana, porque ainda no sábado passado fui fazer um trabalho em Ponte de Lima.
Assim e, como os textos que tenho feito, não são dignos de virem parar aqui (para isso é que não os assino no jornal), não tenho actualizado o meu blog.
Estou cansado. Sinto-me cansado. Cansado de tudo e de todos. As mesmas caras, as mesmas pessoas, os mesmos ares. Tudo igual. Nada muda; porque razão hei-de eu mudar?
Estou farto daquele meu trabalho. O que ainda me tem valido é a convivência com os outros jornalistas. O pessoal da redacção é muito porreiro e eu lá vou fazendo o esforço de deixar que eles me aturem. Quanto aos comerciais que lá trabalham, acho que os odeio a todos (tirando um ou dois) e já não suporto aquelas vozes estridentes e irritantes todos os santos dias.
O salário, também é outra porcaria e cheguei à conclusão que estou a gastar metade do meu ordenado em despesas para ir trabalhar todos os dias. E para quê, pergunto-me??? Acho que está na altura de dar meia volta, procurar outros voos e deixar de remar contra a maré ou ainda vou parar ao Conde Ferreira.
Por isso é que, se não actualizar isto dentro em breve, com um texto meu que até tenha gostado de ter feito, é porque tirei férias e decidi internar-me num hospital psiquiátrico.