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15 março 2010

Portugal e os velhos

É comum dizer-se que Portugal rima com mar.
Eu acho que rima mais com velharia ou num tom mais brejeiro, com velharadas.
Portugal está a ficar um país de velhos, de gente cansada e saturada, que vive só por viver e que faz o que faz, só porque vê outros a fazer o mesmo. Já o tinha dito aqui e volto a dizer. Seja na política, na cultura ou nas artes; seja na comunicação social, nas nossas escolas ou no desporto, este país está entregue a velhos, que acham que a idade é um posto e com isto por cá vão andando, em vez de se deixarem ficar nos anais da história, depositados numa prateleira qualquer.
Com tanta gente jovem, com novas ideias e novos projectos em mente, continua-se neste país a dar primazia ao que é velho, retrógrado e deprimente.
Já todos sabem que eu sou fã incondicional do Festival da Canção e da Eurovisão. E o que se assistiu este ano, diferente ao ano passado e do que lhe antecedeu? A mesmíssima coisa. Fazem-se homenagens ao passado; dá-se valor ao que os velhos dizem, dá-se preferência pelas suas opiniões e ignora-se o que a maioria quer. Este ano, voltou a ser tudo igual; tudo na mesma. E tudo vai continuar assim, enquanto houver velhos a comandar os destinos do rectângulo.
Enquanto a RTP continuar a seleccionar a velharada cá do burgo para escolher as músicas, não havemos de ir a lago algum; enquanto decidir este tipo de júri nacional, escolhendo a velharada ligada à música (conservatórios, escolas de músicas clássicas,...) não passamos da cepa torta.
Eles fizeram história? Têm obra feita? Óptimo! Mas deixem-nos repousar nos livros da História, sossegadinhos na prateleira e não os chateiem. Deixem de os incomodar porque o tempo agora é de novas ideias e de novas mentalidades.
Para que é que se promove o ensino de novas aprendizagens, novas técnicas e métodos quando, na verdade, se continua a dar preferência aos antigos em detrimento dos novos.
Já não basta um jovem, quando procura emprego (seja o primeiro ou não), lhe exigirem 3 ou 4 anos de experiência, e só depois disso é que dão valor às habilitações literárias, e ainda têm de concorrer directamente com pessoas que acabaram o 9º ano através dos programas Novas Oportunidades.
Deixemo-nos de moralismos e de falsas modéstias porque para que o país siga em frente, o sangue novo é necessário.