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30 junho 2004

É Mentira...

É mentira, sim senhor. Portugal não está em crise. Bastou-me sair de casa, esta noite, para constatar esta realidade. Depois da vitória de Portugal sobre a Holanda, o povo, qual desgraça eminente, saiu à rua, esbaforido, para gritar pela, e em nome da vitória portuguesa. De repente, de besta, Scolari passou a ser bestial e já anunciou a continuação do seu casamento com a selecção das quinas. Pelo menos até ao mundial.

O País está em crise (estará mesmo???), Durão Barroso ganhou um bilhete de avião e pôs-se a andar daqui para fora; deste País que ele tanto ama!!! O desemprego continua a aumentar; os pobres coitados deste País são cada vez mais em maior número. Conclusão: O Povo sai à rua para festejar a passagem às finais do Campeonato Europeu de Futebol.

Caí no erro de me esquecer de comprar tabaco e tive que sair de casa, logo depois do jogo, para o inferno que povoava nas ruas. Um grupo de mulheres (elas é que fazem barulho), munidas de baldes, tachos e panelas, desciam rua abaixo aos gritos e de bandeira em punho; aquelas bandeiras, compradas numa loja dos chineses e que têm sete chupetas, em vez dos sete castelos que representam as cidades fortificadas que D. Afonso III tomou aos mouros, em tempos que já lá vão.

Foto: moblog publico

E, já que estava na rua, aproveitei para ir dar um passeio até à praia. De passagem por umas bombas de gasolina, os carros enfeitados a rigor e com os quatro piscas ligados, estavam a ser abastecidos de gasolina. Destino: aquela gente toda, a falar e a gritar, estavam a pensar rumar, em caravana, para a Avenida dos Aliados. E o pior, é que eles sabiam que, com os carros, não conseguiriam lá chegar. Mesmo assim, eles lá iam...

Fugi dali e refugiei-me em casa. Na televisão, o País inteiro só grita "campeões, campeões, campeões" e o jornalista de serviço, a ser "esmagado" pela população, pergunta a uma idosa, ali perto de Alcochete: "então, gostou de ver passar o autocarro com os seus ídolos?". Dizem eles que estas, são imagens inesquecíveis e que este dia ficará na história do nosso País.
Dili amanhece em festa, vestida com as cores de Portugal; o povo saiu à rua com as suas motoretas, a gritar "vitória". Angola e Cabo Verde não lhe ficam atrás. Na França, na Suíça ou em Espanha, o cenário é idêntico. Onde há um português, há seguramente festa.

Acho bem. Sinceramente, acho bem. Todos conhecem a minha opinião sobre o futebol. Não percebo nada daquilo; não distingo um fora de jogo de uma falta; Mas não consegui tirar os olhos da televisão quando a equipa das quinas jogou com a Inglaterra, com a Espanha e com a Holanda. Agora, ir para a rua, gritar que nem um maluco "Portugal olé", isso já me ultrapassa. Não me tentem explicar ou justificar porque não quero saber e não me convencem do contrário.

Amanhã, as primeiras páginas dos jornais não falarão de outra coisa; as televisões vão-se cansar de mostrar os golos portugueses desta noite. E depois disso? A pobreza continua a existir; as nossas misérias continuarão a ser iguais; a nossa crise aí está à nossa espera. Mas o que é que isso interessa? O que interessa é que o povo saiu à rua (qual 25 de Abril), gritou, embebedou-se, foi para casa e caiu pró lado.

P.S.: Num directo da RTP, a jornalista, já com a voz rouca, entrevista um fulano português que colocou na sua t-shirt a seguinte frase: "A laranja holandesa tem bicho português". Sem comentários...

29 junho 2004

Caça às Multas

Começo esta nova etapa deste meu blog, para falar na caça às multas que os agentes da PSP têm vindo a desenvolver. O caso não é novo e já mereceu honras de reportagem num jornal diário português.

A história resume-se ao seguinte: quem, na cidade do Porto, se fizer deslocar ao Centro Comercial Via Catarina, de carro, tem que ter algum cuidado, não vá cair na ratoeira. Isto porque, quem entrar no parque de estacionamento, ali na rua Fernandes Tomás, terá que abrir bem os olhos, no momento de sair do dito parque. Aconteceu hoje; não comigo, porque faço por cumprir o Código da Estrada, mas com um familiar meu.

Estacionamos no 9º andar e, ao sairmos, depois de descermos aquelas curvas todas e, uma vez inserido o referido cartão, continuamos a descer aquela "manga" que dá acesso à rua. Os mais incautos, e acredito que são muitos, esquecem-se de colocar o cinto de segurança. No momento em que as rodas da frente dos carros tocam no alcatrão da rua Fernandes Tomás, eis que um agente da PSP, estrategicamente colocado à porta do centro comercial, levanta a mãozinha e manda encostar o condutor. E segue-se a ladaínha do costume: "atão o sr. condutor não sabe que o uso do cinto de segurança é obrigatório, assim que coloca a viatura em andamento?".

À laia da segurança e do Euro 2004, lá vão caíndo uns euros a mais nos cofres do Estado!!!

O que está errado, é estarem, permanentemente, três agentes da PSP à porta do Via Catarina, à espera dos condutores desleixados que saem do parque de estacionamento. Quem quiser perder meia hora do seu precioso tempo a contemplar tamanho zelo em nome da segurança de todos nós, vai constatar que o contacto que é estabelecimedo entre os agentes da autoridade e os condutores mais incautos, é efectuado alternadamente: ora agora vou eu; ora agora vais tu e depois vai ele; e de novo: ora agora vou eu; ora agora vais tu e depois vai ele...

21 junho 2004

Cansaço

Estou cansado deste e com este meu blog.
Acho que chegou a altura de o mudar. Mudar o template; mudar o seu sentido;
Começo hoje as primeiras alterações...