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27 janeiro 2011

As nossas opiniões

Um dia, um sábio escreveu: “as opiniões são como as vaginas; cada um tem a sua e quem a quer dar, dá”. Esse senhor não devia ser grande sábio porque, se o fosse, teria acrescentado “reconhecendo que a nossa liberdade acaba quando começa a do outro”.


Isto vem a propósito de que, nos últimos tempos, se tem assistido a uma proliferação de ferramentas onde cada um opina a seu bel-prazer, sem se importando se, com isso, ferimos os outros ou não. Já não bastavam os “inquéritos” ao povão, feitos pelos canais de televisão, onde perguntam a quem lhes aparece pela frente, o que acham sobre determinado assunto. Exemplos disso: “o que acha do novo orçamento de Estado que o primeiro-Ministro apresentou no parlamento?”; ou, então, “Concorda que Cavaco Silva foi um justo vencedor nas últimas eleições presidenciais?”. E, depois dos inquéritos feitos, temos os analistas políticos a tecerem os mais rasgados comentários a tudo o que de bom e de mau, cá vai acontecendo pelo burgo.

Como se isso não bastasse, começaram a aparecer um chorrilho de sites na Internet, apelidados de redes sociais, onde cada um dá azo à sua imaginação, para dizer o que bem lhe aprouver. Invadidos por essa onda, não há agora empresa que não adira a esta moda: começando pelas telecomunicações, passando pelos órgãos de comunicação social, empresas disto e daquilo, dizem que agora é fashion estar-se no Facebook ou no Twitter.

Até aqui, tudo bem; cada um faz o que quer e, se muitos como eu, dizem o que lhes vai na alma nesses locais, eu também o faço aqui neste meu recanto. Aqui, eu posso dizer o que me vai na alma, não tenho que dar satisfação a ninguém e, quem não concorda com os meus escritos, basta comentar, que eu respondo. Também não adianta quererem copiar o que há aqui, porque o botão esquerdo do rato, neste blogue, não funciona; se querem copiar, pelo menos, há que ter o trabalho de “baterem” as teclas todas…


O inadmissível, digo eu que não sou nenhum sábio, é conhecermos os nossos limites e saber que a linha foi pisada; devemos saber até onde pode ir a nossa liberdade e onde começa a dos outros. E, mais uma vez, socorro-me daquilo que o povo diz…

Até há bem pouco tempo, dedicava algum tempo do meu dia a ler jornais e outras notícias, nos respectivos sites dos jornais e canais de televisão. Deixei de o fazer, precisamente devido aos comentários que os outros escrevem e/ou acham que podem escrever. Aquilo que se escreve hoje, um pouco por todo o lado, não é uma mera opinião; antes pelo contrário, são um atropelo de insultos, ordinarices, palavrões camuflados de pontos finais e outras coisas mais. E, a descoberto da Democracia e da liberdade de expressão, quem devia fazer alguma coisa para travar esses impropérios, delicia-se a ler e a reler tamanha barbaridade...

Pura e simplesmente, recuso-me a ler o que quer que seja, escrito por meia dúzia de zés-ninguéns que nem sequer saber definir o substantivo “opinião”.

Há coisas na vida a que nos sujeitamos. A idade leva-nos a pensar que assim não é; melhor, com a idade, temos a certeza do que queremos e, principalmente, do que não queremos. Evitando aquilo que não queremos para nós, o nosso sub-consciente vai-nos fazer acreditar que o ser humano até é capaz de fazer boas coisas, em detrimento das que faz por maldade. Sim, porque, quem escreve o que escreve, nos locais onde o faz, só pode ser por maldade, desumanidade ou para gozarem com aqueles que os lêem.