30 abril 2009

O Estranho caso da Gata Furtada

Poder-se-ia dizer que este é mais um caso para o inspector Sherlock Holmes desvendar. Não fosse o caso da história ser verídica, passar-se no nosso País e o nosso sistema judicial estar a servir de chacota além fronteiras e tudo estaria bem.


A história teve início já lá vão 3 anos e, pelos vistos, ainda tem muita tinta para fazer correr no vão nos tribunais. Alguém encontrou uma pobre bichana, no meio da rua, teve pena da coitada, levou-a ao veterinário, pagou os tratamentos e avisaram a respectiva dona, dado que a pobrezinha até chip tinha.



A dona não foi recolher o felino e quem o achou, de fim-de-semana à porta, levou-o consigo. Acontece que a pobre da gata (quiçá assustada) fugiu de casa da referida senhora e a proprietária (qual dona chorosa pela perda), agora, colocou-a em tribunal por furto.



A história em si, já roça o ridículo; agora arrastar-se em tribunal é por demais inqualificável. Estão a ser gastos recursos pagos pelos contribuintes para se resolver algo que, sentadas a uma mesa, já há muito se tinha resolvido. Quanto muito, à estalada, o problema já se tinha resolvido de outra forma.



Enquanto isso, a desgostosa da senhora, privada da companhia da sua fiel amiga, exige não sei o quê, à única pessoa que teve sensibilidade de recolher o pobre bicho, dar-lhe cuidados médicos e proporcionar-lhe algum bem-estar. Se calhar, duvidosa de tanto amor e carinho, a desgraçada achou por bem por-se ao caminho, tal como fizera antes, talvez por duvidar de tanta compaixão.



Por outro lado, se o Sherlock Holmes investigar mais a fundo, ainda vai a tempo de descobrir uma mulher que abandonou de propósito o seu animal, possuidor de chip, sabendo que ele seria encontrado, para depois processar quem cometesse tal acto heróico, na certa, por saber que o desgraçado iria cometer tamanha loucura, a de fugir a quem o salvou.



São estas as glórias que por cá vamos tendo e que vão fazendo as delícias da imprensa estrangeira; afinal, só mesmo por aqui mesmo...

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