Vai ser publicado no jornal O Primeiro de Janeiro, na próxima 2ª feira, 14, o seguinte artigo:
A hora dos jovens criadores
Em exibição até ao próximo dia 24 de Agosto, no Museu Municipal Amadeu de Souza-Cardoso, em Amarante, o Salão Europeu de Jovens Criadores é uma exposição itinerante de arte contemporânea que reúne três núcleos de obras de Portugal, França e Espanha.
Tudo é tudo ou nada é nada; é conforme. Devaneios do passado, sonhos de infância perdida, futuro suspeito. São estes os temas favoritos em resposta à incerteza actual neste salão europeu. Interactividade, trocas, a arte deixou de ser o apanágio do museu e do coleccionador. Não é o proprietário de ninguém; apenas de um espírito tentador: o tempo. Segundo Nicole Ginoux, directora artística e comissária geral do salão, “aqui se podem experimentar as mesmas inovações, as mesmas preocupações e o mesmo desejo de comunicação”, salientando que, “as técnicas utilizadas adaptam-se desde o imaginário, até ao imagético do criador, concedendo espaços a acentuados conceitos de uma iconologia pessoal, por vezes, dificilmente perceptível”.
É necessário, então, observar a relação interactiva entre a obra de arte e o espectador; uma espécie de imediação e de participação parece necessária, tanto a um, como a outro. Efectivamente, a arte europeia tem tendência para se uniformizar; para se universalizar.
Inauguração
Inaugurado no passado dia 5 de Julho, o Salão Europeu de Jovens Criadores trouxe à cidade de Amarante alguns notáveis das artes, não só portugueses, como também franceses e catalãos. Em jeito de abertura, António Cardoso, director do museu referiu mesmo que, “Amarante entrou na rota das artes ao se aliar a este projecto europeu”. Com efeito, esta é a única cidade portuguesa a representar este certame, a par de Sant Cugat del Vallès (Catalunha) e Montrouge (França).
Paralelamente a isso, Maria de Fátima Lambert, comissária portuguesa do salão, destacou a importância que este acontecimento reveste “para o panorama cultural da nossa cidade e do nosso país”.
Por forma a ser continuado este projecto, “porque de ano para ano temos cada vez mais participantes a aderir e, mais público interessado”, tal como confessou o director do museu, a organização decidiu – à semelhança de anos anteriores –, premiar um dos trabalhos presentes nesta exposição. Para além disso, o Grupo de Amigos do Museu Amadeu de Souza-Cardoso, decidiu atribuir um outro prémio, no valor de 250 euros, ao artista espanhol Juan Medina, com o trabalho «Deformando el lenguaje». No entanto, o grande vencedor desta edição do Salão Europeu de Jovens Criadores, foi o catalão Jaime Pitarch, com o trabalho «Entramado de tiras de papel». Trata-se da montagem de um mapa mundo através de tiras de papel, passadas previamente por uma máquina de destruir papel. Para além do prémio monetário, Jaime Pitarch vai poder organizar uma exposição individual, paralela ao salão europeu do próximo ano.
Arte em português
Para além dos artistas espanhóis e franceses, também este evento contou com a participação de portugueses. Desde espelhos e acrílicos, passando por trabalhos em madeira e fibras de vidro, fotografias e vídeos e, ainda, trabalhos à base de óleos, papel vegetal, tecidos, algodões e materiais sintéticos, os doze artistas portugueses que aqui estão presentes são, Rita Carreiro, André Cepeda, António Júlio Duarte, João Galrão, Brígida Mendes, Marta Moreira, Duarte Amaral Netto, Sandra Quadros, Paulo Quintas, Ana Rito, Avelino Sá e Catarina Saraiva.
Tudo é tudo ou nada é nada; é conforme. Devaneios do passado, sonhos de infância perdida, futuro suspeito. São estes os temas favoritos em resposta à incerteza actual neste salão europeu. Interactividade, trocas, a arte deixou de ser o apanágio do museu e do coleccionador. Não é o proprietário de ninguém; apenas de um espírito tentador: o tempo. Segundo Nicole Ginoux, directora artística e comissária geral do salão, “aqui se podem experimentar as mesmas inovações, as mesmas preocupações e o mesmo desejo de comunicação”, salientando que, “as técnicas utilizadas adaptam-se desde o imaginário, até ao imagético do criador, concedendo espaços a acentuados conceitos de uma iconologia pessoal, por vezes, dificilmente perceptível”.
É necessário, então, observar a relação interactiva entre a obra de arte e o espectador; uma espécie de imediação e de participação parece necessária, tanto a um, como a outro. Efectivamente, a arte europeia tem tendência para se uniformizar; para se universalizar.
Inauguração
Inaugurado no passado dia 5 de Julho, o Salão Europeu de Jovens Criadores trouxe à cidade de Amarante alguns notáveis das artes, não só portugueses, como também franceses e catalãos. Em jeito de abertura, António Cardoso, director do museu referiu mesmo que, “Amarante entrou na rota das artes ao se aliar a este projecto europeu”. Com efeito, esta é a única cidade portuguesa a representar este certame, a par de Sant Cugat del Vallès (Catalunha) e Montrouge (França).
Paralelamente a isso, Maria de Fátima Lambert, comissária portuguesa do salão, destacou a importância que este acontecimento reveste “para o panorama cultural da nossa cidade e do nosso país”.
Por forma a ser continuado este projecto, “porque de ano para ano temos cada vez mais participantes a aderir e, mais público interessado”, tal como confessou o director do museu, a organização decidiu – à semelhança de anos anteriores –, premiar um dos trabalhos presentes nesta exposição. Para além disso, o Grupo de Amigos do Museu Amadeu de Souza-Cardoso, decidiu atribuir um outro prémio, no valor de 250 euros, ao artista espanhol Juan Medina, com o trabalho «Deformando el lenguaje». No entanto, o grande vencedor desta edição do Salão Europeu de Jovens Criadores, foi o catalão Jaime Pitarch, com o trabalho «Entramado de tiras de papel». Trata-se da montagem de um mapa mundo através de tiras de papel, passadas previamente por uma máquina de destruir papel. Para além do prémio monetário, Jaime Pitarch vai poder organizar uma exposição individual, paralela ao salão europeu do próximo ano.
Arte em português
Para além dos artistas espanhóis e franceses, também este evento contou com a participação de portugueses. Desde espelhos e acrílicos, passando por trabalhos em madeira e fibras de vidro, fotografias e vídeos e, ainda, trabalhos à base de óleos, papel vegetal, tecidos, algodões e materiais sintéticos, os doze artistas portugueses que aqui estão presentes são, Rita Carreiro, André Cepeda, António Júlio Duarte, João Galrão, Brígida Mendes, Marta Moreira, Duarte Amaral Netto, Sandra Quadros, Paulo Quintas, Ana Rito, Avelino Sá e Catarina Saraiva.
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