15 junho 2021
11 junho 2021
Mousse de Carambar
Vamos lá partilhar a MINHA receita de Mousse de Carambars, a pedido de muitas famílias.
Primeiro que tudo, e para quem não conhece, o que são carambar's, a história remonta a 1954. Os franceses Georges Fauchille e Augustin Gallois inventaram os Carambar's e, segundo a lenda, esta criação deveu-se a um mero erro de receita. Hoje em dia, chamamos a isso um "erro de génio"!
Em França, encontramos os carambar's em qualquer sítio; em Portugal, quem tem a sorte de ter um supermercado e.Leclerc perto, de quando em quando, é possível encontra-los. Aviso já, que os preços são um pouco proibitivos mas vale de tudo para cometer uma loucura. Para além disso, há vários sites onde já os podemos encomendar. Se encomendarmos, ainda, outra especialidades gaulesas, no final, os portes não ficam tão caros quanto isso. Deixo-vos aqui uma alternativa.
Bom, vamos lá ao que interessa, que é a minha famosa mousse e que muitos de vocês já provaram e outros tantos gostariam...
Em imagens, para isto ser mais giro:
De certeza que têm tudo? Vamos lá colocar o avental, arregaçar as mangas e apanhar o cabelo (quem o tiver grande, claro está).
Estamos quase lá... Já só falta uma etapa:
E podem deliciar-se à vontade... foi o que fizemos aqui em casa!!
Mais informações da marca Carambar, aqui
24 maio 2021
Dezoito anos depois
Escrevi, há já 18 anos, nos meus tempos de Jornalista, um texto a que dei o título "No sítio da Paz" e que foi publicado no jornal "O Primeiro de Janeiro".
Podem ler esse texto clicando AQUI.
Dezoito anos depois, num exercício de escrita criativa, decidi "continuar" esse relato, como se tivesse reencontrado o personagem dessa história, ou ele a mim. Trata-se de um texto de ficção, utilizando algumas técnicas de escrita de não-ficção.
O encontro estava marcado para o meio dia. Como por coincidência, os nossos caminhos voltaram a cruzar-se no dia anterior, dezoito anos depois de nos termos encontrado pela primeira e única vez. E foi ele quem se acercou de mim e se voltou a apresentar. Voltemos a chamar-lhe António, porque foi dessa forma que eu o consegui voltar a identificar, enquanto que ele me reconheceu pela cor ruiva dos meus cabelos, no preciso momento em que nos cruzámos na passadeira. Havíamos falado uma única vez, há quase dezoito anos, naquele local batizado por ele, e por outros, de “O Sítio da Paz”. Nessa altura, depois da nossa conversa – longa –, voltei para a redação, escrevi aquele texto e, no dia em que o jornal saiu para as bancas, António decidiu telefonar-me. Simplesmente para me agradecer. Um obrigado sentido por o ter escolhido e retratado, a ele, no meio de tantos outros.
Agora, no alto dos seus mais de quarenta anos, António respira de alívio. As olheiras já não estão tão pronunciadas, os ossos já não estão tão vincados no seu corpo e ele já não está tão escanzelado, nem as suas mãos tremem, como outrora. Só os dentes é que nunca mais voltaram a ser o que eram. A cor dos que ainda guarda, agora acastanhados, deixam transparecer que já não há mesmo nada a fazer e os cigarros que continua a fumar, uns atrás dos outros, também não ajudam. “Não vai demorar muito até os arrancar e ter de colocar uma prótese”, confessa ele. E as dores, acrescenta, de longe a longe ainda as sente, percorrerem-lhe a coluna, de alto a baixo. Tirando isso, é viver um dia de cada vez e rezar para que a tentação o não assole a cair de novo naquela vida de amargura de antigamente.
Nascido naquela por que é conhecida, a terra do Sol, foi para a Amareleja que António decidiu regressar quando acabou o seu tratamento e lhe disseram que estava pronto para seguir o seu caminho. Lágrimas, ouve muitas e medo. Muito medo de falhar, de cair, de não se conseguir conter nem reerguer. Um amigo, daqueles que “guardamos para a vida”, arranjou-lhe lá um trabalho na Central Solar Fotovoltaica, considerada até 2008, a maior do mundo. Foi dos primeiros a ir para lá “fazer limpezas e o que mais fosse preciso”, mas não se quedou por lá muito tempo porque, “ao fim de um ano, aquilo era muito calmo para mim e eu também nunca me dei bem com o calor”, remata António, rindo.
Lisboa até teria sido uma boa escolha, mas depois de assistir na televisão “àquela monstruosa manifestação do povo contra o Sócrates”, decidiu rumar a Norte e escolher a cidade do Porto para se fixar. A crise económica que se iniciara um ano antes, estava a afetar todos os países, mas António ouvira dizer que o turismo no Porto começava a revitalizar e, até agora, “não me arrependo de ter vindo”. Com o dinheiro amealhado, conseguiu instalar-se numa residencial de segunda, daquelas em que a humidade não permitia descortinar qual a verdadeira cor dos tetos e das paredes do quarto. Em menos de duas semanas arranjou trabalho nas obras. “Era o que havia, tudo ao negro, sem contratos e recebíamos ao fim da semana”, o que ia permitindo mudar de poiso, pelo menos, para um lugar mais “decente”. Seguiram-se tantos outros trabalhos, que António já lhes perdeu a conta e, hoje, já nem consegue enumerar todos os locais por onde passou: cafés, restaurantes, hotéis, lojas de brinquedos e tantas outras. Hoje está bem, confessa, mas sempre que os patrões abusavam dele, virava costas e ia embora. “Dormi muitas noites na paragem dos autocarros, em frente à igreja do Marquês, até que o senhor padre me veio deitar a mão”.
E aquela vida? Quis eu saber. Está tudo no passado? “Felizmente”, respondeu António, depois de voltar a respirar fundo para, logo de chofre, confessar ter tido uma recaída, depois de uns dias a deambular na cidade, sem teto, sem emprego e sem nada para comer. Num desses dias, igual a tantos outros, António deu por si a arrumar carros na praça Velasquez. E, como por acaso, encontrou uma carteira no chão. Guiado por uma vã esperança de que as coisas se podiam alterar, qual destino cujos astros se estavam a alinhar para que ele se endireitasse, e deu de caras com outro arrumador, num beco, a injetar-se. Como que hipnotizado, António caiu na tentação e o clamor da sua mente foi mais forte do que a vontade do seu corpo. E foi naquele momento de completo êxtase, de pura contemplação que o seu corpo deu de si, como que a revoltar-se do vil ato que o seu amo acabara de cometer. As entranhas revolveram-se ao ponto de nada conseguirem suster, o pouco conteúdo do seu estômago rodopiou dentro dele e uma lancinante dor percorreu-lhe corpo e alma. Esvaziado por completo, sujo como nunca se havia encontrado, António acabou por se aninhar, enrolado como se enrolam as crianças, as mãos cruzadas atrás da cabeça e chorou, copiosamente, como nunca tinha chorado, nem mesmo quando abandonou os amigos na comunidade que o havia salvado, anos antes.
O tormento de António acabou quando o padre Rubens lhe tocou, com as suas grossas e peludas mãos, o olhar de bondade como que a encurrala-lo. Ele não quis saber porque tinha o corpo imundo ou como conseguia exalar aquele cheiro nauseabundo. Abriu-lhe as portas da sua paróquia, acolheu-o em sua casa e fez dele um exemplo vivo para os mais novos seguirem. Aconselhou-o, ajudou-o, motivou-o e estendeu-lhe a mão no momento que ele mais precisava. Deu-lhe os merecidos raspanetes, no seu devido lugar e quando o tempo o permitiu ou as feridas sararam. Fez dele o Homem que ele é hoje e António está-lhe eternamente agradecido por isso. E transmite-lhe esse reconhecimento, todos os dias, com todas as palavras, com todo o trabalho que faz na paróquia e com todo o tempo que lhes dedica, principalmente aos mais jovens.
Dezoito anos depois da nossa primeira vez, também na nossa segunda conversa, o por-do-sol estava presente. António era agora um homem feliz e ele sabia-o. Inspirava outros para não enveredarem pelos caminhos escabrosos que ele havia percorrido e adorava estar rodeado de crianças. E as crianças retribuíam-lhe com a mesma moeda. E o que é que a sua família acha de tudo isto? Perguntei eu, como que a rematar a nossa conversa. “A minha família são estas crianças”, respondeu ele ao encolher os ombros, “os outros não interessam”.
23 maio 2021
Festival Eurovisão da Canção - o rescaldo
22 maio 2021
Festival Eurovisão da Canção - Final
É já hoje o tão aguardado dia!
Às 20 horas e em direto na RTP, depois de um ano de interregno por causa da pandemia da Covid-19, o Festival Eurovisão da Canção regressou em força, adaptado à nova realidade imposta por este vírus. Relembro que esta edição contou com a participação de 39 países e que, após as duas semifinais, foram 26 as canções que logo à noite vão disputar o tão desejado microfone de cristal.
Confira agora a ordem de atuação de todas as canções.
Portugal e os The Black Mamba atuam na 7ª posição.
Para poderem votar na canção portuguesa, basta seguir as informações nas imagens seguintes:
A canção representante de Portugal, Love Is On My Side, está neste momento em segundo lugar nas tendências do YouTube e classificada em 8º lugar para vencer esta edição. A liderar esta tabela está a Suíça e a França.
Claro que vou estar a torcer pela nossa canção mas, bem lá no fundo, a minha favorita é a canção francesa...
Et oui... je soutiens la chanson française!!!
Que a melhor vença...
Fotos: escportugal
20 maio 2021
Portugal no Festival Eurovisão da Canção III
E eis chegado o dia de Portugal se apresentar à Eurovisão. O espetáculo começa mais logo, às 20h, hora portuguesa e os The Black Mamba atuam na posição 12.
Para votarem na música portuguesa, basta seguirem as emissões de televisão do país onde se encontram. Como alternativa, deixo aqui a lista completa dos números a marcar para votar em "Love is on my side".
Depois é só fazer figas, apreciar o espetáculo e esperar que Portugal passe à final.
17 maio 2021
Portugal no Festival Eurovisão da Canção II
Os The Black Mamba são uma banda portuguesa fundada em 2010, por Pedro Taborda aka Tatanka, Ciro Cruz e Miguel Casais. A banda venceu o Festival RTP da Canção 2021 com o tema Love is on My Side, pelo que irá representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção 2021, a decorrer na Holanda.
Portugal no Festival Eurovisão da Canção
Portugal juntou-se à família Eurovisão em 1964 e detém o recorde de mais presenças no Festival Eurovisão da Canção sem vencer o concurso, até 2017, quando Salvador Sobral ergueu o troféu em Kiev, na Ucrânia.
Portugal é o país mais ocidental da Europa continental e falhou apenas 5 competições desde que ingressou na Eurovisão; 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016.
Em 2008, Portugal ganhou o Prémio de Imprensa Marcel Bezençon com Vânia Fernandes e a canção Senhora do Mar (Negras Águas).
Em 2017 Salvador Sobral ganhou o Prémio Artístico Marcel Bezençon e o Prémio Compositor Marcel Bezençon com a música Amar Pelos Dois.
16 maio 2021
Eurovisão da Cancão 2021
E eis-nos chegados à semana mais importante do ano: a semana da Eurovisão.
Quem me conhece sabe que sou fã nº 1, que vibro com esse evento. E, para mais, este ano, a França tem sérias condições para levar o caneco para casa.
Amanhã falarei da canção portuguesa que nos vai representar mas, hoje, deixo-vos com o videoclip oficial de Voilà, a canção interpretada por Barbara Pravi: