09 dezembro 2009

Crime

Despejar o lixo é tarefa comum ao mais comum dos mortais; hoje, a minha alma arrepiou-se. Ao fundo da minha rua, existem 3 contentores grandes, daqueles esverdeados de plástico, que em nada devem à moda. Do interior de um deles, vinha um som abafado, arrepiante mesmo e, ao levantar a tampa, apercebi-me de dois cães recém-nascidos já mortos.
Ainda envoltos naquela película (a minha amiga Maria Paula que me corrija se estiver errado), que devia ser a placenta, completamente molhados, estavam 2 cães pretos, já mortos, com cerca de 15 centímetros. O som de aflição do pobre desgraçado vinha do fundo do contentor que já estava cheio e meio a transbordar.
A 16 dias do Natal, como é que o ser humano se transforma neste tipo de monstro e é capaz de cometer tamanha atrocidade. Pior do que isso, como é que é possível eu ter este tipo de vizinhança e nunca me ter apercebido do semelhante? E mais bem pior do que isso, é saber que este monstro que vive na mesma rua que eu (ou nas ruas paralelas), amanhã de manhã sai de casa para ir trabalhar, como se nada do que aqui conto tivesse, realmente, acontecido?
Estou doente com esta história; o fim das minhas férias merecia algo bem mais agradável de contar.

2 Comentários:

Maria Paula Ribeiro disse...

Boa noite Joel,

Devia ser placenta sim...

"Quanto mais conheço o ser humano, mais eu gosto do meu cão!"
Gostos dos meus animais, cada vez mais.... porque me é muito, mas muito difícil conhecer o ser humano, mesmo se tratando do eu vizinho...

Mas não podes mudar o mundo sozinho amigo...

Um beijo grande

Joël Pinto disse...

Pois... infelizmente é verdade.
Jinhos